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LE CONCERT SPIRITUEL | Silves [Arquivo]
Programação Regular

O que hoje compreendemos como temporada de concertos surge pela primeira vez em Paris, no ano de 1725, com o nome de Concerto Spirituel, Concerto Espiritual, o que nos inspira para este programa que escolhemos especialmente para si.

 

 

Notas ao Programa


Concert Spirituel (Concerto Espiritual) foi o nome de uma das primeiras séries de concertos públicos a existir como hoje conhecemos. Os concertos começaram em Paris, em 1725, e duraram até 1790. Mais tarde, concertos ou séries de concertos do mesmo nome ocorreram também em Viena e Londres. Pensado para proporcionar entretenimento e diversão durante a quinzena da Páscoa e nos feriados religiosos, quando as maiores salas de espetáculo como a Ópera de Paris, a Comédie-Française e a Comédie-Italienne estavam encerradas, o programa apresentava uma mistura de obras corais de música sacra próprias do calendário litúrgico com extraordinárias peças instrumentais virtuosísticas. De entre estas últimas, conta-se a muito célebre Sinfonia nº. 31 de Mozart, vibrante e enérgica, estreada em 1778 aos seus 22 anos de idade e que apresentamos neste concerto da Orquestra Clássica do Sul.

 

Jean-Joseph Mouret (1682 — 1738), músico francês muito aclamado na sua época, foi considerado um dos maiores compositores de música barroca do seu país. Apesar do seu prestígio se ter diluído ao longo dos tempos e de, atualmente, as suas composições serem pouco apresentadas, a música de Mouret sobrevive até hoje graças a popularidade de Fanfare-Rondeau, a sua primeira Suite de Sinfonias, que a Orquestra Clássica do Sul interpreta neste concerto.

 

Frank Bridge (1879 – 1941), compositor e violinista britânico, é um dos três B’s da música erudita inglesa do século XX, com Berg e Britten; este último, o seu mais brilhante aluno e admirador. Profundamente contrário à Primeira Guerra Mundial, pacifista convicto, encontrava na composição musical o espaço necessário para a partilha das suas convicções. A peça Lament que escolhemos para este concerto é exemplo explícito do seu statement musical. Escrita num único dia, 14 de junho de 1915, e dedicada a Catarina Crompton de 9 anos de idade que, como toda a sua família e demais passageiros e tripulantes, não resistiu ao ataque para com o navio Lusitânia onde viajava, é uma declaração de tristeza, plena de melancolia e dor, mas com aquela centelha de raiva e indignação bem presente, que nos traz à memória o que foi aquele dia perdido no mar.

 

Haydn terá escrito a Sinfonia n. 6 para a semana da Páscoa por volta de 1769.  Na ausência do autógrafo original, é impossível verificar a data de composição, embora esta seja consistente com a localização da obra no Entwurf Katalog, o catálogo do próprio Haydn para as suas obras. Por causa de sua associação com a semana da Páscoa, Haydn escolhe, pela primeira vez para uma sua sinfonia, o modo menor e incorpora uma melodia derivada de um antigo canto da Paixão de Cristo, de enorme contraste com o furioso tema de abertura. O mesmo lamento também é retomado no segundo movimento, reforçando a ligação da sinfonia à Paixão, através da evocação de uma melodia que seria familiar ao público da época. Desde os dias de Haydn que a sinfonia é conhecida como "Lamentatione", mas o título não é do compositor, como, curiosamente, todos os nomes das suas sinfonias.

 

 

Programa


JEAN-JOSEPH MOURET (1682 – 1738)

Fanfares et Simphonies

(Fanfarras e sinfonias)

 

JOSEPH HAYDN (1732 – 1809)

Sinfonia nº 26, Hob.I:26 “Lamentatione

1. Allegro assai con spirito

2. Adagio

3. Minuet - Trio


- Intervalo -

 

FRANK BRIDGE (1879 -1941)

Lament, H. 117

 

W. A. MOZART (1756 – 1791)

Sinfonia nº 31 “Paris”, Kv 297/300ª

1. Allegro assai

2. Andante

3. Allegro


Orquestra Clássica do Sul

Rui Pinheiro, Maestro Titular

 

55 minutos, Duração


4 de dezembro de 2022 (domingo)

SILVES

Igreja Matriz de S. Bartolomeu de Messines

18h00

Bilhetes : 7,50€

Informações: T: 282 440 800

 

Município de Silves, Organização

 

RUI PINHEIRO

Maestro Titular

 

Rui Pinheiro é Maestro Titular da Orquestra Clássica do Sul desde janeiro de 2015. Entre 2010 e 2012 foi Maestro Associado da Orquestra Sinfónica de Bournemouth (Reino Unido). Foi também Maestro da Orquestra do Conservatório Nacional de Lisboa (2005–2008) e em Londres foi Diretor Musical do Ensemble Serse, companhia de ópera barroca em instrumentos de época.

Em Portugal dirigiu as principais orquestras. Destacam-se os concertos com a Orquestra Sinfónica Portuguesa – ‘Dias da Música’ (2013 e 2014), o programa de Verdi/Wagner no ‘Festival ao Largo’ com o Coro do Teatro Nacional de S. Carlos, concertos de Rachmaninoff e Brahms com Artur Pizarro; com a Orquestra Gulbenkian – Os Planetas de Holst, ainda a Vela 6911 de Victor Gama, a 5ª Sinfonia de Beethoven no Festival de Leiria, Concierto de Aranjuez com Miloš Karadagli?, Adriana Partimpim com Adriana Calcanhotto (2015), Retiro com Rodrigo Leão nos Coliseus de Porto e Lisboa e gravado para a Deutsche Gramaphone (2015), e com Carlos do Carmo e Ivan Lins (2016).

Com a Orquestra Clássica do Sul destacam-se projetos como a integral dos Concertos para Piano de Beethoven, a 4ª Sinfonia de Mahler, concertos com Vitorino, Janita Salomé e os Cantadores do Redondo, o tenor Carlos Guilherme e ainda com os fadistas Camané e Kátia Guerreiro.

Rui Pinheiro é agenciado por Worldwide Artists, Lda.


#OCSorquestra

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